quarta-feira, 27 de julho de 2011

Promessa de vida no seu coração

Promessa de vida no seu coração


Viemos ao Porto para começar uma vida nova. As imagens, lugares e cores ao chegar são todas inéditas e encantadoras. Com certeza um novo (novos) horizonte (s).Um dos maiores problemas meu com S.Paulo era exatamente a falta de horizonte,  num sentido bastante amplo.Aqui falo da linha do horizonte mesmo, para limitar o assunto a uma paisagem, um skyline.No Porto um belíssimo horizonte, o rio a se perder de vista, o céu muito azul.
O nosso lugar para o novo é marcadamente um lugar que prima pelo antigo: Uma das mais antigas cidades da Europa. Patrimônio da Humanidade.
 A arquitetura tão charmosa dos predinhos magros de quatro andares e fachadas de azulejos é herança do que foi uma burguesia comercial rica e anti-palaciana.
Um olhar mais atento pela cidade e já se percebe que uma quantidade significativa de prédios, inclusive no centro histórico, está em ruínas, ou com sinais fortes de degradação, principalmente pelo tempo. Há prédios que sustentam somente uma fachada e outros abandonados inteiros - com móveis dentro, inclusive - como esse aqui em frente de casa, que escolhi como meu objeto de observação e representação pelo desenho.
Meu instinto adormecido de historiada começa a tentar localizar no tempo o momento do abandono, bem como buscar possíveis razões para tanto. Aproveito para um outro  movimento de resgate e volto a desenhar exatamente sobre o tema dessa ruína, dessas casas abandonadas.
Identifiquei algumas imagens da “água de março”, embora nossa temporada de chuvas aqui seja no inverno. Já tento convencer o Bruno a fazermos um pequeno clip, ou um curta sobre minhas novas e originais imagens que a musica me fez associar aqui.
Ficaria mais claro e interessante nesse momento se eu tivesse a expor imagens, não palavras.
Por enquanto, deixo essa experiência.
 “É pau, é pedra, é o fim do caminho, é um resto de toco é um pouco sozinho” (...).


domingo, 24 de julho de 2011

Você tem fome de que?

Delivery

Sábado à noite. Voltamos da praia tão pregados que nem o peixinho que estava descongelando rolou. O peixinho era para fazer do dia de praia algo completo. Um aperitivo de peixe frito combina perfeito com praia, sol e umas cervejinhas. Como não há na praia, íamos fazer em casa mesmo, para manter o clima.
Mas o Bru capotou e eu sobrei faminta; me virei  fazendo lanchinhos com o  que tinha. Não tinha muito e o ideal era mesmo passar a mão no telefone e ligar para o “Gêmeos”, pedir aquele Beirute delicioso! Ou um sanduba irado do "Rubinho" , 'Chico Hambúrguer" ou "Burdog", ou aquele combo de quibe cru e tabule do árabe perto de casa!Ou uma pizza, que já era desejo de ontem, e que infelizmente não se realizou, acabamos comendo uma pizza ruizinha congelada. Nessas horas, qualquer coisa que entregasse em casa, com um litrão de Coca fazia minha cabeça. Podia ser até "Habbib’s".
Quase dez horas agora, por aqui tudo fechado. Restaurantes inclusive. Se fosse inevitável ir a um restaurante teríamos de aceitar entre aquelas 4 opções já mencionadas.Desanima.
Enfim, faz uma falta incrível as opções de serviços que estamos bem acostumados.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Pelas barbas do profeta!

Pelas barbas do profeta!

Sem barbas e fazendo algazarra, entrou no ônibus. Sentou-se de frente a um jovem casal e começou a falar:
Perguntou primeiro se conheciam a história de Maomé, que com seu cajado abriu o mar vermelho. Contou que Maomé tivera 3 cajados, primeiramente um tridente aos 40 anos, logo aos 80 um cajado e outro mais potente aos 120.Pediu a Deus e ao casal para lhe permitir viver tanto. Please to meet you; ele mesmo era o profeta. Oras, não percebeste de imediato pelo tridente? Não era um simples pedaço de pau, tinha nele gravado o número do diabo e tudo e ele já tinha lá os seus 40 anos.
Um profeta a serviço de Portugal! Graças a ele o país está se safando de grandes catástrofes e cataclismas. Naquele belo dia, o sol apareceu por conta do desejo do profeta. Fico me perguntando se ele amarra um bode de fim de semana e esquece de chamar o sol no sábado. Não tinha realizado que precisaria dos serviços do profeta para garantir meu fim de semana na praia.
São coisinhas como essas que ele pode usar seu poder, além de, é claro, profetizar e usar sua diplomacia para salvar alguns presidentes por ai, incluindo, ninguém mais, ninguém menos que Obama. Nada como estar perto de Deus.

Finalmente o casal desceu do ônibus com direito a singela profecia que teriam um bebê, uma menina. Insistiu que na hora do nascimento, ou uns dias depois, a menina-mãe se lembraria da premonição, ressaltando, contudo, para não fazerem inseminação artificial, senão ele não poderia garantir o sexo do bebê. Justo.


Continuou a falar alto e sem parar. Tinha atenção de todos os presentes no autocarro. Uns olhavam assustados, outros se riam. Eu, sentada bem atrás de tal entidade, só queria evitar ao máximo qualquer papo com o profeta e menos ainda receber uma maldição. Ai ai ai. Fechei os olhos.
Incoerências a parte, o profeta tinha muita maldade no coração. Dizia que quem não o ajudasse sofreria com uma maldição de morte. Não morte “debaixo da terra”, que essa só Deus mesmo que tem o poder, mas morte de perder um braço, um ente querido, ser atropelado, desse tipo. Ainda contou histórias que nem o Papa sabia, só ele mesmo,  sobre o anjo Lúcifer e outras visões que tivera.
Daí partiu pra um marketing pessoal dizendo que ele se dá o trabalho de salvar Portugal e na hora de alguém lhe dar 100 Euros para comida, lhe negam. (deve comer lagostas, o tal profeta!) Eu achei que ele sairia pedindo dinheiro para comer, mas não, graças a Deus estava concentrado em ir na casa de uma tal fulana que lhe dava comida normalmente, e se não houvesse comida para ele lá, ele iria fazer um bom escândalo.
Desceu do ônibus, amaldiçoando ainda duas senhoras que não conseguiram segurar o riso. Nós descemos aliviados no ponto seguinte, na Católica.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Invasão de Privacidade


Estamos na loucura de procurar emprego diariamente, checando todas (as muito poucas) possibilidades. Há muitas vagas para “comercial”, “promotor”, “delegado” e outros nomes genéricos e “disfarçantes” para vendedor.
Nesse caso são vendas  Door to door (d2d).Exato, porta a porta, de produtos diversos: telefones, canais de TV a cabo, internet etc...
O Bruno chegou a acompanhar um dia de um vendedor, como “treinamento”, coitado.
O promotor tem um plano de ataque diário, com vários prédios e lá vai, com o produto disfarçado e ele mesmo sem nenhuma identificação, tocar a companhia e bater ás portas. Aqui não há portaria, há somente o interfone, sem câmeras, e mesmo assim, PASME, as pessoas abrem a porta. A vendedora se identifica somente com o nome e pronto, basta.
Então deixam o vendedor entrar e falar, falar, e convencer custe o que custar os velhotes a adquirir o produto. (veja bem, embora os produtos sejam relacionados a tecnologia, a maioria da população aqui é de idosos aposentados!!!)
A coisa chega ao absurdo- de ambas as partes- de, se interromper uma refeição, pedir uma fatura, espiar na casa, e opinar sobre as escolhas da pessoas; e, em contrapartida,  alguns clientes oferecem umas sardinhas, um cafezinho....
São quase 12h de trabalho e uma média de 125 apartamentos visitados para, nesse caso que o Bruno acompanhou, bater-se a meta de vender 2 aparelhos telefônicos. É de se tirar o chapéu para esses vendedores, batedores de meta.
Ficamos pensando cá com nossos botões a improbabilidade dum negócio desses em São Paulo. Não abriríamos as portas, não daríamos brecha para nenhum discurso, e se irritasse muito, bateríamos, com o maior respeito, a porta. Em no máximo 10 segundos a conversa teria acabado. Somos traumatizados e calejados com o telemarketing. Somente o Yakult resiste ao D2d.
Aqui, o povo simpático, receptivo e bom de papo, essa conversinha aliciante dura mais de 20 minutos. Mesmo que o cliente em potencial tenha se negado por mais de tantas vezes a comprar o produto, ou estivesse realmente ocupado, a conversa segue até que um dos lados se dê por vencido. O que pra nossa sensatez soa deveras inconveniente e desrespeitoso.
Para esse tipo de emprego nossas portas estão fechadas, outras se abrirão.



segunda-feira, 11 de julho de 2011

Gente Humilde-continuação

Arbitrariedade

A burocracia ficou praticamente parte do nosso cotidiano, tínhamos muitas coisas a por em ordem. De inicio pegamos uma bela impressão dos serviços ao cidadão: ágil, limpo, organizado!A presença da D.Olga (representante da proprietária do ap.) foi um grande facilitador também. Mas, a burocracia mostrou sua verdadeira face, quando frente a frente com o imigrante.(yes, c’est moi).
Desde o Brasil foi muito difícil encontrar informações sobre como regularizar minha situação aqui. Autentiquei tudo o que pude, mandei mil docs. para o consulado, sustentei a família Boquetti (donos do cartório de casa). Chegando aqui continuou a dificuldade, pois obtive uma informação ao ligar e agendar minha entrevista e chegando lá, não estava correto.
“Lá” é o SEF, serviço de estrangeiros e imigrantes. Um lugar horrendo, num beco, desorganizado.Repleto de chineses, brasileiros, africanos e do povo halam- halam, esmagados numa salinha esperando chamar pelas senhas que iam de A a O....
Mesmo com horário marcado, meu atendimento atrasou 2h30.
Faltou regularizar o casamento, fui ao cartório e pela atendendente do dia, não daria mesmo para fazer....super dor de cabeça...Mas já aprendemos que aqui tudo depende do humor de quem te atende; assim, me dei o trabalho de ir a um cartório diferente até obter a resposta que queria: sim, dá para fazer!! Quase cômico.


Também abrir a conta no banco foi engraçado, de novo, cômico, porque teve final feliz.Chegamos para abrir a conta,  e a gerente disse que seria muito complicado, que precisaríamos de muitos papéis, que talvez não fosse realmente possível, que demoraria demais. Voltamos mais tarde com todos papéis e um discurso de que não queríamos deixar nosso rico dinheiro em casa.Ela perguntou quanto, e quando ouviu a resposta, simplesmente- e em minutos- abriu a conta.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Gente Humilde



“Felicidades sem limites”

“ Felicidades sem limites”, foi como a gentil proprietária do nosso apartamento nos entregou as chaves. Dessa vez sermos brasileiros facilitou o engraçamento, nos dispensou de fiadores. Havia aqui antes de nós 2 outras brasileiras também a estudar. E os filhos dos proprietários moram no Brasil também. Pronto.
“Oi cariocas!” è como o Sr. Aníbal, o proprietário nos saudava. Fã do Brasil,ficou admirado de não conhecermos o Pantanal...(está passando aqui a novela Araguaia, eles acham o pantanal lindo....) e que podemos demorar 4h de viagem de avião, de S.Paulo a S.Luis, e ainda estar em território nacional. Para eles que moram em França, não devem ter levado mais de uma hora pra cruzar 2 países até lá.
França, América e África foram os lugares que mais acolheram os refugiados portugueses, que fugiam da pobreza e opressão da época de Salazar. Brasil e Venezuela também são destinos comuns. Muitos voltaram, trazendo senão riqueza, uma situação de vida melhor.Os que voltaram de guerras coloniais foram recolocados na sociedade pelo governo, outros não querem saber de voltar...

Exportação

Aquela alegria de pegar todas as malas, e o computador, veio tudo.Ufa. Hora de passar na policia federal, fomos para a fila dos “ nada a declarar”, revistaram nossas malas curiosos e estupefatos com a quantidade de coisas que traziam para 2 meses de turismo...Nós dois tentando enrolar, os casacos porque não estamos habituados ao frio, vamos fazer muitas viagens por aqui...trouxemos presentes para familiares....só num colou mesmo o I Mac de 21’5 polegadas do Bruno....é...não podia ser bagagem normal de turista.....e fomos nós barrados e convocados para a salinha do Chefão da P.F.
Nossa ingenuidade burra foi o que facilitou a cordialidade do big boss, q nos explicou bem mastigadinho que o que estávamos a fazer era exportação, que ultrapassamos o valor permitido, que deveríamos ter declarado etc...etc...etc...e que deveríamos pagar...
Durante mais de uma hora (depois das 10h de vôo, sem comer!), o camarada nos explicou de leis , acordos comerciais e também sobre boas e más intenções.
Ele, ser iluminado, entendeu que não tínhamos a intenção de burlar o sistema (não tínhamos mesmo), e se sensibilizou com nossa cara de fome e cansaço, nos concedendo um desconto pra lá de generoso na taxa que deveríamos pagar e pagamos.


Era nosso primeiro contato com a burocracia e nos safamos pela carinha de bom moço inocente que temos. By the book, e de acordo com a própria explicação do seu  moço, deveríamos ter preenchido papéis, ter anexado a nota fiscal, ter aberto o computador para verificação, e pago bem mais. Mas não, era nossa primeira experiência com a burocracia portuguesa nos dizendo que aqui vale a arbitrariedade, além de carisma, claro.

Mini dicionário -1

Mini dicionário:

Bifanas: bife de carne de porco
Francesinha: sanduíche típico do Porto, de salsicha, lingüiça, presunto e queijo e praticamente afogada num molho de bebidas como cerveja e vinho do porto e muita pimenta.
Cachorro: hot dog.
Talho: açougue
Pimentos: pimentão
Courgete: abobrinha
Couve coração: repolho
Camisola: camiseta
Cueca: calcinha e cueca
Passadeira: faixa de pedestre
Sumo: suco

Dos hábitos alimentares portugueses


Dos hábitos alimentares portugueses já incorporamos alguns poucos.
Logo de cara o Bru se deliciou com o bacalhau, comeu uns 6 tipos diferentes...
Hoje mesmo o menu de jantar será sopa....aqui há sopa mesmo no calor e até no almoço, como entrada da maioria dos pratos.Nas primeiras semanas aqui tomamos bastante sopa, daí veio o calor e- cá pra nós,não rola sopa.
Na noite de S.João, uma das comidas tradicionais é o caldo verde...experimentei mas confesso que ta bem mais pra uma sopa de batata....caldo verde bom mesmo é o de casa, feito pelo Papis...com muito paio, e bem verde...:)
Também é típico da festa a sardinha e os pimentos....
Outro hábito, esse mais rústico e nada light, é o kit picnic: chouriço, queijo e pão...Com certeza um hábito de herança camponesa,  gente que trabalha o dia todo e pára (desculpem-me,nessa adaptação de línguas vou ficar com o pára com acento....) em baixo de alguma sombra para lanchar....
Nós também quando saímos pra longas caminhadas, levamos o kit....e em casa tb, como lanchinho ou aperitivo cai muito bem. Já tentamos a versão botequeira de “calabresa frita”, também funcionou!
Finalmente a carne de porco.Muito mais barata e mais fácil de encontrar, embora com diferentes cortes dos brasileiros, já faz parte também, é a base, junto com os legumes,  da nossa alimentação. Achamos um açougue (talho), que vende a preços bons a carne de vaca...continua imbatível....mas será raro aquela picanhinha q tanto amo e o insuperável parmeggiana!!!!ai que dor no coração.....
Por mais incrível que pareça, estamos junto a rios e ao mar, o peixe aqui é caro...e não há boas peixarias por aqui perto...Mas estamos na busca de um fornecedor para adicionar mais Omega 3 a nossa dieta.
Os doces de ovo também há com muita fartura, mas eu passo.

Uma ementa com 4 pratos é toda a variedade que se encontra nos restaurantes....variando em torno do mesmo tema, e de mais 3 pratos, todos servem as mesmas coisas: Francesinha, Prego no prato, Cachorro, Bifanas, Omeleta, file de pescada, arroz de pato, tripas e claro, sopa.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Quem ama quer casa, quem quer jardim, quer flor....

Quem ama quer casa, quem quer jardim, quer flor....

O 2º direito da rua Antero de Quental, é um apartamento ótimo, bem espaçoso. Com varandinha e área de serviço. Todo equipado com eletrodoméstico, salvo a TV, que ainda não chegou. Já lá está a contragosto a bandeira do Curintia na porta da sala (zica)..a geladeira com cerveja e chouriço, e alguma tentativa de alocar a bagunça nos lugares certos para evitar o caos total- por enquanto estamos indo bem!.Falta ainda pregar o quadro de fotos, presente da Bia. Arrumamos na mesa nossa sala de estudos, que, por enquanto, é o cenário branco de nossas conversas com o Brasil via Skype!
Há muitas idéias pra deixar a casa cada vez mais nossa cara, colorir paredes com quadros (q infelizmente não pude trazer), arrumar uns banquinhos para curtir a varadinha...enfim, deixar o lar bastante confortável e acolhedor!! Um passeio na Ikea, uma genérica da Etna, para além de me enlouquecer, provou q será possível trazer para casa peças bem estilosas de preço justo.
O quarto de hóspedes não vê a hora de ser ocupado....Recebemos poucas marcações por enquanto; parece que será estreado pela Marcela,em Julho, antes ou depois de ir ao Brasil e voltar para Inglaterra, seguida da Mari Galante que vem de férias a Paris e vai dar aquele pulinho aqui! Há ainda promessas natalinas da Dani vir....promessas....



Com o meu ideal de casa, vem sempre o desejo de Horta e flores!
Fiquei complemente encantada com a super Horta e auto suficiência da casa da tia Gina: Alface, cenoura, couve, repolho, abobrinha (courgete), alho poró, berinjela, espinafre, batatas,laranja, nêspera, framboesa, uvas, e deliciosos morangos! Lá não há cerejas, mas tivemos a chance, lá de trás dos montes de nos deliciar com cerejas colhidas (por vezes roubadas) diretamente dos pés....Brilliant!!

Além disso ainda contam com frangos e coelhos (fofos)  para abater e galinhas para dar ovos....Meu sonho de consumo de uma vida hippie e sustentável no campo.....Num lugar mais lindo, bucólico, calmo e pacifico! Maravilha!
Aqui na cidade, dentro do apê, aos poucos a hortinha vai começando, dada a urgência começamos com as ervas aromáticas ( todo tipo de tempero aqui é muito caro e;  não dá pra caprichar na culinária sem um bom, cheiroso e saboroso verdinho!). Agora somente há o manjericão (sofrendo q o sol foi embora) e tomilho...Os planos de expansão incluem salsa, pimenta, alecrim , alho poró e orégano!!! No que empolgar, quero também espinafre e uns 2 pezinhos de alface...Cabe??? vai caber....todos aqui colocam seus vasos para fora dos apartamentos, assim também será com nossa hortinha!! Agora no verão é a hora de começar a plantar.


Um mês de Porto, inicio de Blog.

Um mês de Porto, inicio de Blog.

Um mês de Porto...Já nos sentindo estáveis e familiarizados com a cidade. Finalmente, depois de tantas mil coisas a se resolver, sobra algum tempo para divagar na frente do computador, e contar um pouco do que tem sido nossa aventura.

Pretendo em textos livres, contar algumas situações, um pouco de história e nossas impressões cotidianas sobre a nova vida, a cidade, o povo.
Pra iniciar- mesmo que já pareça óbvio-chegamos bem! ( da chegada já sai um episódio deste Blog.(“Exportação”).)
O que é mais marcante e por vezes maçante da nossa rotina desde o principio aqui é andar, andar , andar, subir e descer ladeiras, explorar mapas e lugares..se perder e encontrar. Fazemos tudo a pé....o que muita vezes me deixa a clara sensação de estar num acampamento militar......caminhadas longas, ladeiras intermináveis...Mas dizem que melhora o fôlego, a forma física e as panturrilhas....Mas para perder kilos, seria necessário subir e descer correndo......well...
Para orgulho de qualquer capitão Nascimento, demonstramos nossa garra diariamente: quase não há distância que não sejamos capazes de percorrer....além das provas de força, claro; fizemos a mudança das nossas 4 malas de 30 kg e das duas mochilas com 11kg, mais toda a comida q ainda tínhamos, do presente que ganhamos (um belo kit alimentação)  e incluindo um pequeno leitão inteiro de 4 kg....(“ Um leitão para a foto”). Na prova da comida  fomos muito bem...carregando a compra do mês do supermercado, o líder 01 optou por comprar mais, para beneficiar das promoções, mesmo que tem há significado uma compra de 30kg....Raça, muita raça.....e digo q depois daquelas tantas ladeiras, ainda sobra o desafio final, de subir as escadinhas do apê para finalmente descansar em casa, o 2º direito, no limite.